quinta-feira, 30 de novembro de 2006

o MEU blog


A minha irmã perguntou-me esta semana " só eu é que passo por aqui?" e eu respondo: SIM!
E termino:
  • era suposto, inicialmente, escrever para os outros (vocês) lerem; então eu tinha o cuidado em não ferir susceptibilidades e sensibilidades – sim, porque houve quem (há um ano, quando comecei) tivesse dito que o meu blog era muito deprimente;
  • o que acontece é que um ano depois de mostrar muito do que eu sou, de ‘desnudar-me’ em palavras e imagens, ao fim de um ano, não houve nenhum amigo que tenha passado por aqui mais de uma vez (excepto 3 amigos blogante que passaram algumas vezes) e a minha mais querida das queridas, a minha maninha mais nova que passa todas as semanas / sempre que se liga a net.
  • O que posso concluir daqui, e é o retrato da minha vida:

* Eu dou e não recebo em troca;

* Eu cuido, oiço, amparo, abraço, olho, … e não recebo em troca:

* Eu estou presente e…. do outro lado o meu abraço de volta.


EXCEPTO aqueles que estão sempre lá e sempre estarão : pai, mãe, manas e os meus lindos sobrinhos.
Portanto: o blog é meu, é a minha alma, e eu sou assim... não sei ser de outra maneira. Pena as pessoas serem muito egoistas e acharem que elas merecem tudo, os outros... são fortes aguentam!

sábado, 25 de novembro de 2006

End of the Road


há dias li no blog de um amigo A. um desabafo que me deixou a pensar durante algum bom tempo (dias)!

Quem somos nós para julgar seja o que for, seja quem for? Podemos revoltar-nos face a situação mas julgar? Não perdoar?
Nós não estamos dentro da pessoa, não sentimos o que ela sente, o que a magoa, fere, maltrata interiormente, a leva a loucura. Não sabemos o que pensa, o que vê, a sua força, a sua paixão, os seus limites.
Sentimos revolta porque não vamos ter mais a sua presença, o seu olhar, o seu sorriso, a sua voz, a sua maneira de andar, de beber café, de contar uma anedota, … somos tão egoístas porque queremos as pessoas ao alcance da nossa mão! Somos egoístas porque só os nossos problemas são-nos pesarosos e só nós sabemos o peso que carregamos… - claro que sim, daí o facto de não podermos julgar ninguém.
Serão essas pessoas cobardes? Serão corajosas? Serão loucas? - Só porque desistiram????? Só porque não pensaram nos outros, na falta que lhes vão fazer???
Quem somos nós para julgar seja quem for?
Não sabemos nada de nada, não sabemos que essa pessoa sente que chegou ao fim, que não tem razão para viver, nada mais vale a pena, é como se fosse um vegetal andante, que se move ao sabor das ondas; um vazio preenche o peito, a dor no coração; não está a fazer mais nada, não há mais nada; e vive…

  • vive pela fraqueza da mãe - que não aguentará a sua falta, por ser uma pessoa vitima da sua própria vida, por viver na base de chantagens psicológicas devido ao seu egoísmo normal do ser humano; que irá manipular a vida das restantes filhas pesando-as com o seu desgosto; quando se ama não é suposto ver o outro feliz?
  • Vive pelos sobrinhos – por querer que tenham uma infância feliz, sem contratempos, sem uma má experiência; porque os ama tanto!
Valerá a pena viver com uma dor tão grande que aumenta dia após dia; pensando sempre nos outros decide viver??? Valerá a pena? Para quê?
Portanto meu querido A. não sintas raiva, não te permitas pensar em não desculpar ou… pensa somente em pensar no EP com amizade que sentias quando ele estava presente.